Episódio da série A Química das Coisas
Há quem goste e quem deteste, mas poucos lhes ficam indiferentes. As tatuagens são uma forma de afirmação individual e a sua popularidade tem crescido recentemente.
Conhecidas desde há mais de 5 mil anos, as tatuagens têm evoluído com tempo e começam agora a dar um passo decisivo de mudança, graças ao desenvolvimento da química: com as novas tintas removíveis, as tatuagens perdem a sua característica mais marcante – vão deixar de ser um compromisso para toda a vida.
As tintas para tatuagem são normalmente obtidas por suspensão de um corante num líquido apropriado: água, álcool, glicerina ou uma mistura destes. Os corantes variam muito na sua composição e os mais usados são relativamente inócuos. As tintas pretas são normalmente óxidos de carbono, enquanto as azuis são obtidas com sais de cobre ou óxidos de cobalto. O branco pode ser dióxido de titânio, óxido de zinco ou carbonato de chumbo. Estes compostos são estáveis sob a pele e a tatuagem é definitiva.
As tintas removíveis têm uma filosofia completamente diferente: são baseadas em corantes que podem ser absorvidos e degradados pelo organismo. O corante absorvível é envolvido numa cápsula transparente que garante a sua permanência na pele, enquanto o dono da tatuagem assim o desejar. A cápsula protetora é feita de um material sensível à luz, que se decompõe quando irradiado com um laser apropriado.
Deste modo, quando o feliz proprietário desta tatuagem decide removê-la, só tem de usar um laser adequado para degradar as cápsulas protetoras, libertando assim, as moléculas de corante. Estas são depois absorvidas e metabolizadas pelo organismo e em algumas horas a tatuagem desaparece sem deixar qualquer marca!
Um avanço importante para quem prefere o que é temporário e volúvel…
http://umaquimicairresistivel.blogspot.com.br/2013/01/a-quimica-das-tatuagens.html
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