A campanha de combate ao fumo de 2011 quer mais do que fazer as pessoas abandonarem o cigarro. Quer evitar que elas comecem a fumar. Por isso o público alvo é o jovem, principalmente o adolescente.
O Jornal Nacional estreia nesta segunda-feira (29) uma série de reportagens sobre o tabagismo no Brasil. O tema da primeira é o consumo de cigarro pelos jovens. O repórter André Luiz Azevedo explica por que os adolescentes são o foco da campanha lançada pelo Ministério da Saúde neste Dia Nacional de Combate ao Fumo.
Eles não podem comprar cigarro e não podem fumar dentro da escola, mas o cigarro é a companhia de muitos adolescentes.
Um menino diz que começou a fumar com 14 anos e que, se quisesse, conseguiria largar o cigarro. “Começou em um grupo de amigos. Muita gente fumava. Acabei pedindo para experimentar”, conta.
A campanha de combate ao fumo de 2011 quer mais do que fazer as pessoas abandonarem o cigarro. Quer evitar que elas comecem a fumar. Por isso o público alvo é o jovem, principalmente o adolescente. Porque todas as pesquisas mostram que é geralmente nesta fase da vida que eles se viciam.
Um levantamento do Ministério da Saúde revela que quase 80% dos fumantes acenderam o primeiro cigarro com menos de 20 anos, e 20% com menos de 15 anos.
“Tem muitos que fumam desde os 12 anos e estão fumando até hoje com 17 anos”, afirma o estudante Leonardo França.
“Você resolve experimentar e acaba caindo no vicio, gostando. Nunca experimentei”, acrescenta Marcos Caetano, de 17 anos.
Segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (29) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de meninas de menos de 15 anos que já comprou cigarro chega a mais de 50% em Porto Alegre, e o de meninos é só um pouco menor em Fortaleza.
Um colégio público na Baixada Fluminense faz várias ações de alerta contra o fumo. Exemplos de como um programa de conscientização nas escolas pode ajudar. O jogo de dados passa informações sobre como o vício começa. Na peça de teatro, o garoto que representa o pulmão não resiste.
“A gente já tem feito vários programas antitabagismo, e nós não temos feito só dentro da escola. Nós temos alcançado a comunidade também”, comenta a diretora da escola Dayse da Fonseca.
As ações educativas são importantes, mas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não são tão eficazes quanto medidas mais amplas. Para alcançar um país inteiro, a Comissão Nacional que coordena o controle ao tabaco tenta dificultar o acesso dos jovens ao cigarro.
“Toda a estratégia de mercado, a linguagem da propaganda, a estratégia das embalagens, inclusive os baixos preços praticados, tudo tem como objetivo seduzir os jovens, principalmente o adolescente”, explica Tânia Cavalcante, secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq).
Uma das medidas que a comissão defende é a proibição da adição de sabores como menta ou chocolate.
“A experimentação do cigarro geralmente causa certo desconforto. A pessoa tosse, não é agradável. Tornando esse cigarro mais saboroso facilita que os jovens comecem a fumar mais regularmente”, alerta Valéria Cunha, coordenadora da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca.
Para ser aprovada, a medida passou por uma consulta pública aberta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim do ano passado. O tema recebeu milhares de sugestões, a maior parte da indústria do fumo, que estão sendo analisadas pela Anvisa.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Fumo, os ingredientes que dão sabor ao cigarro apenas atendem à demanda dos consumidores adultos. A Abifumo ressalta que a indústria só produz cigarros para fumantes maiores de 18 anos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a melhor maneira de reduzir o consumo é aumentar o preço do cigarro. Isso vai acontecer a partir de dezembro, quando o preço do maço pode ficar até 20% mais caro por conta do aumento dos impostos, anunciado na semana passada.
O governo determinou ainda um preço mínimo para o maço: R$ 3 até dezembro de 2012; R$ 3,50 em 2013; R$ 4 em 2014; e R$ 4,50 em 2015.
“Estudos do banco mundial mostram que o jovem é muito mais sensível ao preço, duas a três vezes mais sensível ao preço do que o adulto”, revela Tânia Cavalcante, secretária-executiva da Conicq.
A Souza Cruz, maior fabricante de cigarros do país, afirma ser a favor do valor mínimo por maço, mas alerta que o aumento de preços pode empurrar o fumante para os cigarros ilegais, mais baratos, favorecendo o contrabando.
Eles não podem comprar cigarro e não podem fumar dentro da escola, mas o cigarro é a companhia de muitos adolescentes.
Um menino diz que começou a fumar com 14 anos e que, se quisesse, conseguiria largar o cigarro. “Começou em um grupo de amigos. Muita gente fumava. Acabei pedindo para experimentar”, conta.
A campanha de combate ao fumo de 2011 quer mais do que fazer as pessoas abandonarem o cigarro. Quer evitar que elas comecem a fumar. Por isso o público alvo é o jovem, principalmente o adolescente. Porque todas as pesquisas mostram que é geralmente nesta fase da vida que eles se viciam.
Um levantamento do Ministério da Saúde revela que quase 80% dos fumantes acenderam o primeiro cigarro com menos de 20 anos, e 20% com menos de 15 anos.
“Tem muitos que fumam desde os 12 anos e estão fumando até hoje com 17 anos”, afirma o estudante Leonardo França.
“Você resolve experimentar e acaba caindo no vicio, gostando. Nunca experimentei”, acrescenta Marcos Caetano, de 17 anos.
Segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (29) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de meninas de menos de 15 anos que já comprou cigarro chega a mais de 50% em Porto Alegre, e o de meninos é só um pouco menor em Fortaleza.
Um colégio público na Baixada Fluminense faz várias ações de alerta contra o fumo. Exemplos de como um programa de conscientização nas escolas pode ajudar. O jogo de dados passa informações sobre como o vício começa. Na peça de teatro, o garoto que representa o pulmão não resiste.
“A gente já tem feito vários programas antitabagismo, e nós não temos feito só dentro da escola. Nós temos alcançado a comunidade também”, comenta a diretora da escola Dayse da Fonseca.
As ações educativas são importantes, mas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não são tão eficazes quanto medidas mais amplas. Para alcançar um país inteiro, a Comissão Nacional que coordena o controle ao tabaco tenta dificultar o acesso dos jovens ao cigarro.
“Toda a estratégia de mercado, a linguagem da propaganda, a estratégia das embalagens, inclusive os baixos preços praticados, tudo tem como objetivo seduzir os jovens, principalmente o adolescente”, explica Tânia Cavalcante, secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq).
Uma das medidas que a comissão defende é a proibição da adição de sabores como menta ou chocolate.
“A experimentação do cigarro geralmente causa certo desconforto. A pessoa tosse, não é agradável. Tornando esse cigarro mais saboroso facilita que os jovens comecem a fumar mais regularmente”, alerta Valéria Cunha, coordenadora da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca.
Para ser aprovada, a medida passou por uma consulta pública aberta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim do ano passado. O tema recebeu milhares de sugestões, a maior parte da indústria do fumo, que estão sendo analisadas pela Anvisa.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Fumo, os ingredientes que dão sabor ao cigarro apenas atendem à demanda dos consumidores adultos. A Abifumo ressalta que a indústria só produz cigarros para fumantes maiores de 18 anos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a melhor maneira de reduzir o consumo é aumentar o preço do cigarro. Isso vai acontecer a partir de dezembro, quando o preço do maço pode ficar até 20% mais caro por conta do aumento dos impostos, anunciado na semana passada.
O governo determinou ainda um preço mínimo para o maço: R$ 3 até dezembro de 2012; R$ 3,50 em 2013; R$ 4 em 2014; e R$ 4,50 em 2015.
“Estudos do banco mundial mostram que o jovem é muito mais sensível ao preço, duas a três vezes mais sensível ao preço do que o adulto”, revela Tânia Cavalcante, secretária-executiva da Conicq.
A Souza Cruz, maior fabricante de cigarros do país, afirma ser a favor do valor mínimo por maço, mas alerta que o aumento de preços pode empurrar o fumante para os cigarros ilegais, mais baratos, favorecendo o contrabando.
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