quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sobreviventes podem ter pneumonia química tardia

Morte por asfixia em incêndios é rápida, diz especialista em queimados. Nos sobreviventes, danos pulmonares podem surgir até 72 horas após o incêndio
Fernanda Aranda , iG São Paulo |
A fumaça resultante dos incêndios é capaz de provocar morte rápida nas vítimas, pois intoxica o corpo humano em questão de segundos e acarreta falência dos órgãos antes mesmo dos efeitos da queimadura no corpo.
Nos sobreviventes, os danos respiratórios também são perigosos e, neste caso, podem aparecer tardiamente. Em até 72 horas, os sintomas da chamada “pneumonia química” precisam de cuidados intensivos e podem representar uma das principais demanda dos hospitais envolvidos no atendimento dos pacientes do incêndio de Santa Maria (Rio Grande do Sul).
As explicações são do médico Luiz Philipe Molina, responsável pelo atendimento de queimados do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
“O monóxido de carbono (CO) é tóxico e é a principal substância resultante das queimadas. Em alta concentração no ambiente, ele é ainda mais perigoso. O CO tem enorme capacidade de se ligar à hemoglobina, a molécula do sangue que transporta o oxigênio ao organismo”, explica o médico

Pneumonia química ameaça sobreviventes, do incêndio na boate Kiss


Pneumonia química ameaça sobreviventes, do incêndio na boate Kiss

Publicado em 29.01.2013
Pneumonia química ameaça sobreviventes, do incêndio na boate Kiss
A tragédia em Santa Maria ainda pode levar a novas internações médicas. São pessoas que tragaram a fumaça do incêndio na boate e não desenvolveram imediatamente sintomas de intoxicação respiratória.
Especialistas explicam que a chamada pneumonia química pode se manifestar até três dias depois da inalação. No domingo, 24 pessoas suspeitas de estarem com o problema foram atendidas no pronto-socorro do município. Ontem, houve mais dois casos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já havia alertado para o risco de casos assim no domingo à tarde. Tosse, falta de ar e até mesmo catarro frequente, que pode, ou não, estar acompanhado de restos de fuligem, caracterizam as reações do corpo ao desenvolvimento da moléstia, que, se não for tratada, pode levar à morte.
O cirurgião Luiz Philipe Molina, do Centro de Referência em Trauma do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, compara a pneumonia química à formação de bolhas nas mãos após queimaduras em panelas ao fogo. "Nesses casos, a pele fica vermelha na hora. Um tempo depois, começam a surgir bolhas que, após uns dias, estouram. Nas mucosas respiratórias, o processo é parecido."
Segundo ele, os tecidos internos lesionados pelo contato com o ar quente do incêndio podem descamar. "As células que foram atingidas acabam sendo eliminadas, impedindo o bom funcionamento dos pulmões." Isso dificulta a transmissão de oxigênio dos alvéolos pulmonares para a corrente sanguínea. A descamação favorece infecções secundárias. Outro sintoma decorrente desse problema são dor de cabeça e tonturas.
A desidratação dos tecidos também pode ocorrer, segundo Ubiratan de Paula Santos, diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e pneumologista do Instituto do Coração. "Deve-se notar que, nessas circunstâncias, a pessoa respira gases e material particulado em alta temperatura, o que provoca uma agressão térmica ao revestimento de traqueia, laringe e brônquios."
A estudante Ingrid Goldani, que estava na boate Kiss, começou a se sentir mal na tarde de domingo. Ela havia escapado do incêndio aparentemente ilesa, mas manifestou os sintomas horas depois. Acabou sendo transferida ontem de madrugada para um hospital de Porto Alegre.
Gravíssimos. A maioria dos internados por causa da tragédia tem intoxicação respiratória. E a perspectiva não é tranquilizadora. Há ainda 75 pacientes internados em estado grave, a maioria respirando por ventiladores mecânicos, em Unidades de Terapia Intensiva de hospitais de Santa Maria e Porto Alegre, segundo balanço divulgado no final da tarde pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "São pacientes em estado crítico, que correm risco de vida", admitiu.
Sobre o risco de pneumonia química, as autoridades recomendam que, diante de qualquer sintoma - como tosse ou falta de ar, por exemplo -, as pessoas que estavam na boate e inalaram fumaça tóxica procurem atendimento médico imediatamente

Um Estudo sobre Dr. House e Sherlock Holmes

Aqui vai um pequeno paralelo entre Sherlock Holmes e Dr. House!
DIVIRTAM-SE!!
"Sherlock Holmes é um detetive criado por Arthur Conan Doyle, morador da Londres da era vitoriana (Fim do século XIX) e que apareceu pela primeira vez no romance Um Estudo em Vermelho (A Study in Scarlet), publicado no Beeton’s Christmas Annual em 1887, fazendo um certo sucesso. Sua aventura posterior, o também romance O Signo dos Quatro, (originalmente The Sign of Six, e mudado a pedido da editora para The Sign of Four) foi quem alavancou o personagem de Doyle, de modo que esse conseguiu um contrato com o periódico londrino The Strand Magazine. A pedido do periódico, o ilustrador Sidney Paget criou a célebre imagem do detetive de lupa na mão, cachimbo à boca e com chápeu de orelha ao contrário (Embora o chapéu citado só apareça em dois dos vários contos de Holmes). O formato de publicação das histórias na Strand Magazine era o de conto, quase todos narrados pelo seu maior amigo, Dr. Watson, e sua primeira publicação foi O Escândalo na Boemia, em 1891, no qual Holmes ajuda o rei de uma região alemã a tentar reaver uma foto. Com as publicações de Sherlock Holmes, a Strand Magazine se tornou um fenômeno, e Holmes se tornou maior que seu criador.
Mas agora vamos falar do personagem em si. Sherlock Holmes reside na Baker Street, em Londres, no nº 221B. Durante um tempo, morou com o Dr. John H. Watson, até este se casar e só visitar o amigo ocasionalmente, ou quando um caso interessante está na pauta. Os casos estudados por Holmes vão desde investigações a pedido da alta nobreza, assassinatos, roubos e em grande parte das vezes, casos modestos para livrar algum pobre homem de um destino indigno. As técnicas nas quais Holmes se baseia são a dedução lógica e observação, mas claro, tudo isso somada a perícias em química, geologia e etc.
Holmes de Sidney Paget.
Embora Holmes não tenha sido o pioneiro nos detetives “dedutivos observativos” (Edgar Allan Poe já havia criado o investigador frânces Auguste Dupin e Charles Dickens criou o inspetor Bucket, por exemplo), certamente foi expoente do gênero, já que suas histórias se concentravam em focar as técnicas dedutivas aplicadas por Holmes no primeiro plano, ao contrário de outras histórias que se focavam na ação.
Sobre o Dr. House, o método que ele usa para chegar aos seus diagnósticos são a dedução lógica e a observação extrema, tal como uma imaginação fora de série. Aliás, todos os personagens que usam essas técnicas são derivados de Holmes. (Patrick Jane, do The Mentalist
, Monk, etc.)
Mas e aí? Qual a relação entre os dois personagens? Dr. House é uma recriação do próprio Sherlock Holmes, mas direcionado ao campo da medicina. A ele foram atribuídas algumas características peculiares, como uma personalidade sarcástica, persuasiva, narcisista e egocêntrica. Tô mentindo? Em que lugar do mundo você já imaginou que, para um médico, é mais importante se gabar de um diagnóstico correto do que salvar a vida do paciente? É isso que o House faz, ele salva vidas para alimentar o seu ego, ele não está nem aí para a vida dos pacientes. Continuemos.
Se o paciente morrer, ele não pode dizer “Soufoda!”
Será que alguém além de mim consegue enxergar uma semelhança no nome dos dois personagens? Tipo, Gregory parece com Sherlock, e House lembra Home, que lembra Holmes?
Vamos mais adiante. Qual o nome do melhor amigo de House? James Wilson. E do Sherlock? John Watson. Também não viram semelhança? Sherlock Holmes é viciado em cocaína, House em Vicodin (Poderoso anestésico). O apartamento dos dois é o nº 221B. O inimigo dos dois tem o mesmo sobrenome, Moriarty.
Mas também podemos conjecturar algumas diferenças drásticas entre os personagens. Holmes, por diversas vezes, abre mão de dinheiro para que um caso seja solucionado apenas para se fazer justiça. Holmes também não posa de tanta arrogância. 
Bom, depois de ler tudo isso, o melhor que todos nós temos a  fazer é: ou ler as histórias do maior detetive do mundo, ou então, assistir as proezas do médico mais "mala" do mundo."

Goiânia, 25 anos depois do acidente com Césio-137

quinta-feira, 13 de setembro de 2012 | By Profª Thaiza

Goiânia, 25 anos depois: 'Perguntam até se brilhamos', diz vítima

Odesson Alves Ferreira, 57 anos, teve um dedo amputado após o acidente
Foto: Mirelle Irene/Especial para Terra
O tempo não foi um aliado das vítimas do césio 137. Após 25 anos do maior acidente radioativo do Brasil, as pessoas que tiveram contato direto ou indireto com a cápsula contaminada ainda sofrem. Vivem marcadas pela expectativa sempre presente de desenvolver doenças decorrentes à exposição ou pelo estigma perante à sociedade, nunca superado. "A gente sofre preconceito até hoje. As pessoas sempre perguntam se o fato de se estar perto de nós, ou se ao nos tocar, não estaríamos contaminando elas, se não é perigoso. Ou até mesmo se é verdade que nós brilhamos à noite. Perguntas desse tipo", afirmou Odesson Alves Ferreira, 57 anos, presidente da Associação das Vítimas do Césio 137.
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Por causa disso, quem foi exposto ao material ou teve contato com contaminados prefere não falar sobre o assunto. "Quando vão ao hospital, por exemplo, muitas, ao invés de contar suas histórias, se calam, porque têm medo de falar", disse o presidente da associação.
Odesson disse que teve cerca de 50 pessoas da sua família envolvidas direta ou indiretamente no acidente. Ele é irmão de Devair Ferreira, dono do ferro-velho onde a cápsula foi aberta. No ano do acidente, Devair perdeu a cunhada Maria Gabriela e a sobrinha Leide, filha de outro irmão, Ivo Ferreira. Todos em decorrência da contaminação radioativa. Ele próprio teve sequelas nas mãos, ao manusear fragmentos de césio durante uma visita à casa de Devair. Ficou três meses confinado com outras vítimas para tratamento. Teve um dedo amputado na mão direita e um outro dedo atrofiado na mão esquerda. Seus dois filhos, com 12 e 14 anos na época, também foram afetados pela radiação.
Caminhoneiro e motorista de ônibus aposentado aos 32 anos por causa das sequelas nas mãos, Odesson diz que o preconceito o impediu de voltar a trabalhar. "Quando voltei na empresa que trabalhava, para tentar ocupar outra função, o médico da empresa não quis nem pegar o documento do INSS que eu levava. Aí eu percebi que a coisa era grave", disse. Odesson lembra que, antes do acidente, era fã de filme de ficção científica. "Mas jamais achei que aconteceria comigo. E não foi ficção, foi uma dura realidade."
Problemas psicológicos
Odesson acredita que o acidente provocou um problema social por ter afetado psicologicamente as vítimas. Para ele, muitas delas, mesmo que não tenham falecido de doenças diretamente relacionadas à exposição ao césio, acabaram consumidas pela tragédia. "Nós não podemos fazer nexo causal, porque, infelizmente a ciência não nos garante isso. No atestado de óbito do Devair, por exemplo, consta como causa da morte cirrose hepática. Mas o que levou ele a beber quatro garrafas de cachaça por dia? Ele mesmo dizia que tinha provocado o acidente, se sentia culpado por aquilo. Ele se suicidou. Temos outras vítimas que tentaram suicídio, mais de duas vezes", relatou. Odesson lembrou também do outro irmão: "O Ivo morreu de efizema pulmonar, mas algo o levou a fumar seis maços de cigarro por dia. Ele se sentia culpado por levar fragmentos do césio e entregar para a filha", afirmou.
O presidente da associação disse que a dificuldade de comprovar mortes ou doenças em decorrência da contaminação agrava a situação das vítimas. Mas, para ele, não há como ignorar a herança do césio. "Um dos indícios é a ocorrência de cinco ou seis doenças ao mesmo pleito, ou desencadeamento de doenças precoces. Dentro do grupo tem gente que desenvolve osteosporose e pressão alta com 20 anos. Isso não é normal", apontou.
A associação que Odesson comanda foi criada em 13 de dezembro de 1987, por moradores da rua 57, onde a cápsula de césio 137 começou a ser desmontada. "O pessoal vinha e tirava mesas, cadeiras e outros móveis da casa deles e jogavam fora e eles não conseguiam ter acesso às autoridades para serem ressarcidas. A saída foi criar uma instituição para ter força jurídica", disse.
Hoje, a associação tem 1.194 inscritos, aceitos sob alguns critérios, como comprovação de que foi vítima direta ou indireta do acidente, ou ter morado em uma das localidades afetadas, ou, ainda, ser descendente de vítima direta. Mesmo sem ter sede própria, a associação provê assistência jurídica e outros serviços aos afetados. "Nosso maior desafio é garantir a assistência integral. Eu já nem luto por indenização, mas se a associação decidir, vamos lutar por isso também", destacou. Segundo ele, só os parentes das quatro pessoas que morreram comprovadamente por contaminação direta com o césio receberam indenização do Estado. "No caso do meu irmão Ivo, deu para ele comprar na época uma carroça e uma égua", disse. Nos cálculos da associação, 960 pessoas ainda tentam receber indenização nos últimos 25 anos. "Isso em um universo de 1.600 que foram afetadas direta ou indiretamente", contou.
Odesson, atualmente, dá palestras pelo Brasil sobre o acidente radiológico de Goiânia, mas acredita que há muito despreparo ainda sobre o tema. "O Brasil não está preparado para outro acidente, a Cnem (Comissão Nacional de Energia Nuclear) nunca fez outro treinamento e nem oficina para discutir o que foi feito em Goiânia. Muitos técnicos que atuaram na época já se aposentaram. Tudo está caindo no esquecimento", lamenta. Por fim, questionado de quem seria a culpa do acidente, Odesson culpa a negligência dos donos do IGR, a clínica onde a cápsula foi abandonada, a vigilância sanitária e o Cnem. "Quem foi o mais culpado eu não sei, mas eu condenaria os três."
Os detalhes da tragédia
No dia 13 de setembro de 1987, no Centro de Goiânia, dois catadores de lixo descobrem um aparelho de radioterapia abandonado. Com a intenção de vender o metal, a dupla leva até um ferro-velho localizado na rua 57 do Setor Aeroporto. O dono do estabelecimento, Devair Alves Ferreira, compra o material e, naquele noite, abre a cápsula e encontra um pó que emitia um brilho azul. Maravilhado com a coloração, ele leva para dentro de casa e mostra para a cunhada, Maria Gabriela Ferreira, e para o restante da família. Sem ter noção do que tinha nas mãos, ele passou dias mostrando para amigos, vizinhos e parentes, o seu achado. Alguns até levaram porções do pó para casa, como o seu irmão Ivo. Nesse meio tempo, Devair e sua família começam a apresentar os sintomas da radiação, como tonturas, náuseas e vômitos.
Alertada por vizinhos, a cunhada de Devair desconfiou que os problemas de saúde tinham origem na cápsula. De ônibus, ela levou o material até a Vigilância Sanitária. Os doentes, que já apresentavam queimaduras, eram tratados no Hospital de Doenças Tropicais. Somente no dia 29 de setembro foi constatado que o produto levado por Maria Gabriela era radioativo e se tratava do césio 137, uma substância que não existe na natureza e é resultado da queima do Urânio 235 dentro de um reator nuclear.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) foi acionada. O pânico se espalhou por Goiânia. A Cnen monitorou os níveis de radioatividade de mais de 110 mil pessoas, no Estádio Olímpico. Encontrou radiação em 271 delas, sendo que 120 tinham rastros em roupas.
No dia 1º de outubro daquele ano, 14 pessoas, em estado grave, foram levadas para o Hospital Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. Poucas semanas depois, quatro delas morreram. A primeira foi Leide das Neves Ferreira, 6 anos, a sobrinha do dono do ferro-velho e que se tornou o maior símbolo da tragédia. No mesmo dia, Maria Gabriela Ferreira, 37 anos, perdia a vida também. Morreram ainda outros dois jovens, Israel Batista dos Santos, 22 anos, e Admilson Alves de Souza, 18 anos. Os quatro foram os únicos mortos segundo dados oficiais. A Associação das Vítimas do Césio 137, no entanto, aponta que nesses 25 anos 104 pessoas tenham morrido e cerca 1,6 mil tenham sido afetadas de forma direta.
Os responsáveis pela tragédia foram condenados por homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar e cumpriram penas brandas. Em fevereiro de 1996, quase dez anos depois do acidente, os médicos Carlos Bezerril, Criseide Castro Dourado e Orlando Alves Teixeira e o físico hospitalar Flamarion Barbosa Goulart foram senteciados a três anos e dois meses de prisão em regime aberto. Os médicos e o físico tiveram que prestar serviços à comunidade.
A decisão foi do Tribunal Regional Federal de Brasília, que modificou as penas impostas pela Justiça de Goiânia. Em 1992, todos os envolvidos tinham recebido penas mais brandas, mas um recurso impetrado junto ao TRF alterou toda a situação.
Sócios na Clínica de Radiologia de Goiânia, Carlos, Criseide e Orlando foram considerados os principais responsáveis pelo acidente. Eles deixaram, na sede da clínica, uma bomba radioativa. Com a retirada de telhas, portas e janelas, o prédio ficou desprotegido e a bomba acabou chamando a atenção de catadores.
O ferro-velho e outras residências da região foram destruídas, assim como os pertences das famílias envolvidas, gerando toneladas de rejeitos radioativos. Um depósito foi construído em Abadia de Goiás, cidade ao lado de Goiânia. Em 1987, quando os rejeitos foram levados para lá, Abadia de Goiás ainda não era um município.

FONTE:
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6150380-EI306,00-Goiania+anos+depois+Perguntam+ate+se+brilhamos+diz+vitima.html

Voluntários que ajudaram na descontaminação, cerca de 11 dias após a abertura da cápsula.
Transferência dos contaminados para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro

Monitoração da cápsula do césio por agentes da vigilância sanitária.




Enterro de duas das vítimas

8 substâncias da ficção que facilitariam nossa vida

Hoje trago a vocês uma reportagem super interessante [do jeitinho que eu gosto!!!] da Revista Super Interessante! hehehee!!
Trata-se da coletânea de 8 substâncias do mundo fictício que seriam "uma mão na roda" para nós, no mundo real! [é claro que tudo tem suas implicações entre o bem e o mal..portanto, seriam "uma mão na roda" se utilizadas para fins corretos, ok?! E, é claro tmbém que aqui não estão todas as invenções da ficção, como eu disse no início é uma coletânea contendo 8 destas invenções, eu mesma senti falta da Criptonita, do Superman (apesar de já ter visto publicações sérias de sua existência real - óóóbvio que não com as atribuições dadas no gibi nem no cinema, mas SIM, ela existe!), senti falta também do Unobtênio, um metal usado em "O Núcleo - missão ao centro da Terra", para revestir a nave que os levará ao centro da Terra, e capaz de suportar altas temperaturas; e tantos [as] outros [as], não é mesmo?! Após ler a reportagem, me diga: Alguma outra substância fictícia que você se lembra e não está aqui?! Se sim, qual, onde aparece, e em que é utilizada?!
BOA LEITURA:
"Quando escritores decidem criar mundos e universos fictícios, eles pensam em personagens, países, planetas, continentes, culturas, línguas e por aí vai. Alguns vão além e também inventam elementos, minérios e outras substâncias que costumam ter um papel fundamental nas tramas. George R. R. Martin fez isso, assim como Tolkien, James Cameron, Gendy Tartakovsky e outros autores bem conhecidos dos fãs da cultura pop.
Como a maior parte dessas criações tem propriedades incríveis, é fácil ficar imaginando como seria a vida caso elas realmente existissem. Por isso, a SUPER separou algumas das mais cobiçadas substâncias fictícias e pensou como elas poderiam ser aplicadas a nossa realidade.
1. Aço Valiriano
O que é: um aço mágico. E isso porque, durante sua fabricação, são utilizados encantos. É usado em espadas por formar as lâminas mais finas, resistentes e afiadas do mundo.
Onde apareceu: nos livros de “As Crônicas de Gelo e Fogo” e na série “Game of Thrones”, as espadas de aço valiriano são relíquias que passam de pai para filho em vários clãs de Westeros. A “receita” para forjar a liga foi perdida há muito, por isso só as peças trazidas pelos Targaryen ainda existem.
Por que seria útil: lâminas e agulhas mais afiadas e finas poderiam ser aproveitadas na medicina, na culinária, na costura, no artesanato etc. Basicamente, o aço valiriano seria útil em quase todos os setores da indústria.
2. Vibranium
O que é: um metal que, diferente de todos os outros, absorve energia em vez de conduzir.
Onde apareceu: ficou famoso por ser um dos componentes do escudo do Capitão América, junto de ferro e de um elemento desconhecido. No universo da Marvel, é possível encontrar grandes reservas de vibranium no fictício país africano Wakanda, terra-natal do Pantera Negra.
Por que seria útil: um metal que absorve impactos e energia seria ideal para armaduras e carrocerias de carros, por exemplo. Um outro uso seria na construção civil: imagine estruturas que não sucumbem a terremotos.
3. Adamantium
O que é: a liga metálica mais resistente do mundo e que, uma vez resfriada, não pode ser fundida ou moldada. Existem vários tipos de adamantium, mas o original é formado por vibranium e aço.
Onde apareceu: quando o Dr. Myron McLain tentou recriar a liga metálica utilizada no escudo do Capitão América, acabou criando o adamantium, que ficou conhecido por revestir o esqueleto do Wolverine, além de suas garras. O Capitão também chegou a usar escudos feitos com essa liga, mas eles não agradaram.
Por que seria útil: um metal indestrutível é provavelmente uma das coisas mais cobiçadas da metalúrgia. Sua aplicação seria muito ampla. Poderia ser usado, por exemplo, na construção civil e nas indústrias aeronáutica, automobilística e naval. Imagina se o Titanic fosse de adamantium?
4. Elemento X
O que é: um produto químico misterioso, normalmente visto em forma líquida, que confere super-poderes a todos os seres vivos.
Onde apareceu: no desenho animado “As Meninas Superpoderosas”, o elemento X caiu por acidente na mistura do Professor Utônio. Junto de açúcar, tempero e tudo que há de bom, o ingrediente resultou em Lindinha, Docinho e Florzinha. Ele também é o responsável pela genialidade maligna do Macaco Louco.
Por que seria útil: um elemento que pode fazer pessoas voarem seria uma boa saída para solucionar o problema do tráfego. A super-força reduziria a necessidade de equipamentos na indústria pesada. Enfim, super-poderes são sempre bem-vindos.
5. Dilithium
O que é: um mineral cristalino que, submetido a campos magnéticos de alta frequência, regula as reações entre matéria e antimatéria. Essas reações produzem energia que e é utilizada em naves para ultrapassar a velocidade da luz.
Onde apareceu: em “Star Trek”, o dilithium está presente em naves espaciais, inclusive na Enterprise. A princípio, o mineral só poderia ser encontrado na natureza, mas na série “Jornada nas Estrelas: a Nova Geração”, já é possível sintetizar dilithium artificial. No entanto, a versão de laboratório é bem menos resistente. Existe um composto real chamado dilítio, mas os criadores da série não faziam ideia.
Por que seria útil: embora viajar além da velocidade da luz seja teoricamente impossível, o dilithium poderia ser usado na propulsão de naves mais modestas. A ideia é tão boa que cientistas já estão testando um composto de lítio que funciona igual ao mineral fictício.
6. Mithril
O que é: um metal extremamente valioso, mais resistente que o aço, mais leve que o alumínio e que nunca oxida.
Onde apareceu: o mithril aparece na trilogia “O Senhor dos Anéis” e  em “O Hobbit”, sendo um dos principais minérios explorados pelos anões. É utilizado na confecção de joias, armas e equipamentos na Terra Média, por ser muito resistente e leve. Frodo recebe uma malha feita de mithril  de seu tio Bilbo, que a havia encontrado na caverna do dragão Smaug.
Por que seria útil: um metal que é super resistente e leve seria bem-vindo na metalurgia e na indústria em geral. Também seria uma boa saída para equipamentos de proteção, como coletes à prova de balas.
7. Carbonita
O que é: uma liga metálica que usa carbono na sua composição e pode ser resfriada a baixíssimas temperaturas.
Onde apareceu: a carbonita é usada pelos capangas de Jabba, o Hutt, para congelar Han Solo em “Star Wars: O Império Contra-Ataca”. Quando Han foi congelado em carbonita, a ideia era testar se um humano sobreviveria ao processo. O piloto serviu de cobaia porque Darth Vader planejava congelar Luke Skywalker.
Por que seria útil: como Han sobreviveu ao congelamento sem nenhum dano, é fácil imaginar as aplicações da carbonita na medicina. Médicos poderiam congelar pacientes por anos até que descubram a cura de sua doença, por exemplo.
8. Unobtainium
O que é: um minério, que, em temperatura ambiente, se comporta como supercondutor e apresenta um magnetismo peculiar.
Onde apareceu: no filme “Avatar”, de James Cameron, o unobtainium é a solução para a crise energética na Terra, além de ser usado nos propulsores das naves espaciais (mais ou menos como o dilítio). A maior jazida do minério se encontra na lua de Pandora, onde vivem os Na’vi.
Por que seria útil: um supercondutor tem perda mínima de energia, o que seria ideal para conduzir eletricidade por grandes distâncias com menos prejuízo. Nesse ponto, o filme de Cameron é bem realista."
FONTE:http://quimilokos.blogspot.com.br/