sábado, 2 de abril de 2011

Como é feita a medição de tempo com o carbono 14?

por Reinaldo José Lopes
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1. Essa medição é apenas uma das várias formas de datação histórica. O princípio de tudo é checar a proporção no objeto estudado do elemento químico carbono 14, forma instável do carbono, um dos principais componentes dos seres vivos. Por isso o método só serve para datar coisas orgânicas, como ossos, tecidos, madeira ou papel. O passo inicial é coletar uma amostra desses materiais
2. A amostra - que pode ter apenas alguns miligramas - é colocada num aparelho especial, o espectrômetro de massa, que é capaz de "contar" o percentual de átomos de carbono 14 presente nela. Os materiais orgânicos absorvem esse elemento químico ao longo da vida e param de fazê-lo quando morrem. A partir daí, o carbono 14 vai sumindo a uma taxa fixa
3. Tendo o percentual do elemento químico na amostra e a taxa com que ele some ao longo do tempo, já dá para estimar a idade do objeto. Mas há um limite: como o carbono 14 desaparece relativamente rápido, só dá para usar o método para datações de até 60 mil anos atrás. Além disso, a data obtida ainda precisa passar por mais uma etapa, a "calibragem" dos dados
4. É que a presença do carbono 14 na Terra mudou ao longo do tempo por causa de eventos naturais, como radiações cósmicas ou mudanças climáticas. Sabendo desses ciclos, os cientistas corrigem a data, levando em conta se era um período com maior ou menor presença do carbono 14 no planeta. Mesmo assim, a datação ainda tem margem de erro de mais de cem anos

Outros métodos de datação

Até tronco de árvore é usado para determinar períodos históricos
DENDROCRONOLOGIA
O nome quer dizer "cronologia das árvores", pois a fonte da datação é o tronco de algumas espécies. A cada ano de vida, certas árvores ganham um anel de crescimento. Ao contar o total de anéis do tronco encontrado, é possível estimar sua idade - e também de uma construção feita com ele. A dendrocronologia serve para datações de até uns 10 mil anos atrás
PALEOMAGNETISMO
O campo magnético da Terra vive trocando de lugar: a cada algumas centenas de milhares de anos, o Pólo Norte magnético vira Sul, e vice-versa. Essas mudanças ficam gravadas na posição dos átomos de ferro das rochas. Os cientistas analisam tais alterações para datar amostras de rochas de dezenas de milhões de anos

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